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Emma Watson fala sobre “Colonia” ao Luxemburger Wort.

Emma Watson estrelará em “Colonia” como Lena. O filme conta história de Lena e Daniel, um jovem casal envolvido na revolta política no Chile na década de 1970.  Recentemente, Emma falou com o Luxemburguer Wort sobre o seu papel no filme.
Na entrevista, Emma fala sobre os desafios de interpretar essa personagem, e as abordagens que está dando.



Entrevista com Emma Watson ao Luxemburger Wort
Falando com o Luxemburger Wort, a atriz de 24 anos explicou que ela quase não aceitou o papel [de Lena no filme Colonia Dignidad]:
“Eu estava ligeiramente relutante em ler o roteiro por causa do assunto que ele abordava. Eu achava que ia ser pesado,” a atriz disse, acrescentando que, quando finalmente o leu, ficou agradavelmente surpresa. “O roteiro era dinâmico. Eu não pude parar de ler. Eu terminei em uma sentada. É um suspense. Eu acho que Florian conseguiu equilibrar muito bem a obscuridade, a leveza, o peso e o ritmo.”
“Eu acredito que fala sobre até onde você está disposto a ir por quem você ama. A pressão e tensão da vida real, como essas coisas afetam um relacionamento. Para mim, é na verdade sobre uma mulher muito corajosa.”
“A estrutura narrativa com a qual estamos acostumados é a da dama em perigo sendo resgatada pelo príncipe encantado. Mas esta é uma história em que uma jovem mulher sai para salvar o seu homem. Aquilo imediatamente me interessou porque é possível ser proativa, você consegue fazer um personagem que de fato lidera a trama e guia o ritmo da história, ao invés de ser reacionário e passivo. Foi uma oportunidade muito empolgante e muito incomum.”
Sobre a visita à Villa Baviera [antiga Colonia Dignidad] e sobre o set do filme.
“Parece exatamente igual. No momento em que entrei no set, eu mandei uma mensagem para o Florian e disse ‘isso é loucura!’. É legal pensar que estamos tentando contar uma história da forma mais autêntica possível. Até os objetos de cena são de lá. O avental que eu uso é da colônia!”
Para fazer sua performance o mais convincente possível, ela diz que pediu a Michael Nyqvist, que representa Paul Schäfer, líder do culto e atormentador de Lena, para “jogar o que quer que você precise jogar na minha cara e ver como eu reajo.”
“Eu estava genuinamente aterrorizada, eu não tinha ideia do que viria a seguir. Isso cria uma atuação empolgante, porque tem um pouco de verdade naquilo.”
Fala de Nyqvist: “Não importa como você o perceba, ele é um demônio. Eu precisei buscar nas profundezas da minha própria escuridão e abrir as portas escondidas lá dentro para representar um papel como Paul Schäfer. Para mim, é difícil entender o personagem porque quase tudo o que ele fez é terrível e impensável.”
Watson admitiu que o projeto apresentou algumas “cenas emocionalmente difíceis” e ela estava determinada a encontrar maneiras de se desligar disso depois de filmar. “Eu frequentemente preciso colocar uma música no carro quando volto para casa, fazer uma caminhada ou uma corrida, porque você carrega uma energia com você, e se você não toma cuidado, ela começa a escorregar para outras partes da sua vida. Você precisa encontrar um jeito de demarcar onde sua vida começa e onde o trabalho termina.”
“A verdade é que eu faria meu trabalho de graça… Ele existe por coisas que me desafiam e fazem de mim uma atriz melhor, e, mais do que isso, me estimula como pessoa. Eu estava aterrorizada de ir ao Chile e à colônia. Eu achei difícil absorver algumas das coisas que eu lia no roteiro. Tem algo aí – eu queria ser desafiada.”

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